Consultor Fernando Morgado analisa a importância da radiodifusão em resposta às enchentes no Rio Grande do Sul
Nos momentos mais críticos para a sociedade, a comunicação profissional assume um papel essencial. Recentemente, pesquisa Genial/Quaest destacou que, durante as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, a TV foi o principal meio pelo qual os brasileiros acompanharam as notícias. Este fenômeno reflete não apenas a capacidade de alcance do meio, mas também sua responsabilidade e eficácia em manter o público informado e seguro.
A TV aberta, em tais circunstâncias, vai além da mera transmissão de notícias. Ela se transforma em uma plataforma de arrecadação de doações, de prestação de serviços essenciais e de comunicação vital entre cidadãos e autoridades. Durante as enchentes, por exemplo, muitas campanhas solidárias foram veiculadas com sucesso, resultando em ajuda significativa às vítimas. Programas especiais foram organizados para reencontrar parentes desaparecidos e enviar solicitações de resgate para os órgãos públicos. Através da TV, muitas famílias conseguiram manter-se informadas sobre como e onde buscar abrigo e auxílio emergencial.
A força da cobertura local e direta
A cobertura local por emissoras de TV aberta provou ser insubstituível, especialmente em áreas onde o acesso à internet é limitado ou inexistente. A capacidade de transmitir em tempo real permite que a população receba informações atualizadas sobre a situação das enchentes, áreas mais afetadas, e conselhos de segurança. Isso é crucial não apenas para a segurança, mas também para a coordenação de esforços de ajuda e resgate. A agilidade e a abrangência da cobertura televisiva local oferecem um serviço que plataformas digitais e mídias sociais, sozinhas, não conseguem replicar em cenários de crise.
É essencial destacar também a importância do rádio, um meio que se manteve resiliente e ativo, complementando a televisão. Durante as enchentes, o rádio se destacou pela sua capacidade de alcançar ouvintes inclusive em áreas isoladas ou sem energia elétrica. Em todas as cidades, independente da situação, o rádio continuou a operar, prestando serviços cruciais e oferecendo companhia e conforto para aqueles afetados pela tragédia.
A relevância da TV aberta para anunciantes e profissionais
Para anunciantes, profissionais e empreendedores do setor de mídia, os dados da pesquisa Genial/Quaest reforçam o valor da TV aberta como uma plataforma de grande alcance e impacto. Investir em publicidade e conteúdo em emissoras de TV aberta não é apenas uma escolha de alcance, mas também uma contribuição para um meio que tem o poder de unir e apoiar a comunidade em momentos de necessidade.
A capacidade da TV de adaptar rapidamente sua programação e focar em eventos locais faz dela um canal único para campanhas de responsabilidade social. Empresas que participam dessas iniciativas não só ampliam sua visibilidade como também reforçam sua imagem como organizações comprometidas com o bem-estar da comunidade.
As enchentes no Rio Grande do Sul evidenciaram, mais uma vez, a força da comunicação profissional. Em momentos em que a rapidez da informação pode significar a diferença entre a segurança e o perigo, a TV, assim como o rádio, se mostra um recurso inestimável. Ela não apenas informa, mas também mobiliza, apoia e une a comunidade. Para empresários e profissionais do setor, isso reafirma o valor duradouro da televisão aberta como investimento, tanto comercial quanto social.
Fernando Morgado é consultor e palestrante com mais de 15 anos de experiência nas áreas de mídia e inteligência de negócios. É professor da ESPM e Top Voice no LinkedIn. Atendeu clientes como Band, Grupo Globo, SBT e Shoptime. Tem livros publicados no Brasil e no exterior, incluindo o best-seller Silvio Santos – A Trajetória do Mito. Foi coordenador adjunto do Núcleo de Estudos de Rádio da UFRGS. Mestre em Gestão da Economia Criativa e especialista em Gestão Empresarial e Marketing pela ESPM.
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